Favorito às presidenciais sul-coreanas defende criação de segundo mandato

O principal candidato à presidência da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, propôs uma alteração à Constituição para encurtar o mandato presidencial para quatro anos, mas acrescentando um segundo mandato, considerando-a uma medida para equilibrar o poder.

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© Hwawon Ceci Lee/Anadolu via Getty Images

Lusa
18/05/2025 06:56 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Coreia do Sul

A proposta, divulgada hoje por Lee na rede social Facebook, surge quando os sul-coreanos estão a duas semanas escolher nas urnas o seu Presidente para um mandato único de cinco anos, numa votação desencadeada pela destituição do antigo Presidente Yoon Suk Yeol.

 

As últimas sondagens mostram que Lee, o candidato do Partido Democrático, da oposição, lidera a corrida às eleições agendadas para 03 de junho com uma taxa de apoio de 51%.

"Vamos tornar o presidente mais responsável e descentralizar o poder", disse Lee numa publicação no Facebook. "Uma presidência de quatro anos e dois mandatos permitiria avaliações intercalares da administração, o que aumentaria a sua responsabilidade".

Posteriormente, em resposta aos jornalistas num evento em Gwangju, Lee sublinhou que a Constituição sul-coreana não permite que uma revisão do mandato presidencial seja aplicada ao líder em funções, noticiou a Yonhap News.

Lee propôs igualmente uma série de medidas destinadas a conferir mais poderes ao Parlamento, tais como a limitação do direito de veto do Presidente e a exigência de aprovação parlamentar para a declaração da lei marcial.

"Se as discussões progredirem suficientemente depressa, poderemos perguntar o que as pessoas querem nas eleições locais de 2026 ou nas eleições gerais de 2028, mesmo que atrasadas", escreveu Lee no Facebook.

A eleição do próximo presidente da Coreia do Sul assume-se como um passo crucial para recolocar a potência exportadora no caminho da estabilidade política, depois de o decreto de lei marcial de Yoon, em dezembro, ter desencadeado a pior crise constitucional do país em décadas.

No sábado, Yoon abandonou o Partido do Poder Popular, abrindo caminho para que os conservadores atraiam mais eleitores indecisos, quando o fracasso da lei marcial ainda projeta uma sombra densa sobre o seu candidato, Kim Moon-soo.

Kim, antigo ministro do Trabalho de Yoon, foi elogiado pelos conservadores por se ter oposto à destituição de Yoon e por se ter recusado a pedir desculpa pelo decreto da lei marcial.

Lee e Kim, juntamente com outros candidatos à presidência, têm agendado para hoje o primeiro de três debates televisivos antes do escrutínio de junho.

 

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Lusa/Fim

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