Marcelo apela a "esforço comum" para afirmar direito internacional e paz

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta segunda-feira, perante a sua homóloga da Índia, a importância de um "esforço comum" para afirmar o direito internacional, o "comércio livre e equitativo" e a paz.

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Lusa
07/04/2025 13:53 ‧ há 5 horas por Lusa

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"Neste momento é muito importante o nosso esforço comum, afirmando o direito internacional, os valores da Carta das Nações Unidas, o multilateralismo, o comércio livre e equitativo, o manter a construção da paz na tolerância e no diálogo e também a preocupação com as políticas económicas, fiscais e comerciais, que devem garantir mais crescimento e evitar o risco de recessões", afirmou o Presidente da República.

 

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio de Belém, numa declaração conjunta com a Presidente da República da Índia, Draupadi Murmu, que iniciou hoje uma visita de Estado de dois dias a Portugal.

O Presidente português considerou que esta visita acontece "num momento internacional muito desafiante".

"Um momento em que o multilateralismo, o sistema internacional baseado em regras, o respeito pela soberania e integridade territorial, a crença no aumento da prosperidade comum através do livre comércio, a certeza da necessidade do combate às alterações climáticas, todos estes princípios e valores se veem em crise, postos em questão por alguns que foram dos grandes construtores e edificadores desses valores e princípios", afirmou.

O chefe de Estado assinalou que a Índia tem um "papel fundamental", uma vez que "é a maior democracia do planeta, é uma potência económica imensa, tem um papel crucial no sistema multilateral, como demonstrou a recente presidência do G20".

"Daí Portugal ter sempre defendido que a Índia fosse e seja, na reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, um membro permanente, daí também a reciprocidade no apoio nas eleições de membros não permanentes: A Índia apoiar Portugal, Portugal apoiar a Índia nos próximos anos", disse.

O Presidente da República indicou também que os dois países estão a "fazer muito" e vão "fazer mais nas relações culturais, na arte, no cinema, na educação, nas relações entre empresas, na abertura de rotas aéreas, no turismo, nas indústrias de defesa, no intercâmbio científico e tecnológico, na inteligência artificial, no digital, nas energias renováveis".

No discurso, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que a visita de Estado da Presidente da Índia a Portugal acontece cinco anos depois de ter estado naquele país e marca "a celebração dos 50 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre a Índia e Portugal".

O chefe de Estado português salientou as "relações fraternas, tão fraternas", entre os dois países, com "mais de cinco séculos de convivência entre dois povos que, através dos seus intercâmbios, fundaram a primeira globalização, e, ao longo de mais de 500 anos, com relações por vezes complexas, souberam construir uma relação e uma parceria que são hoje florescentes".

O Presidente da República manifestou o "imenso apreço pela comunidade indiana em Portugal, cerca de 50 mil, uma das mais poderosas, influentes e significativas", que "tanto contribui para o desenvolvimento económico e social", e referiu também "comunidade, mais pequena, portuguesa na Índia", defendendo que a "cooperação bilateral vai melhorar e ser melhorada por gerações mais jovens".

A Presidente da República da Índia iniciou hoje uma visita de Estado de dois dias a Portugal, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa.

Depois de ter sido recebida com honras militares junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, os dois chefes de Estado deslocaram-se ao Palácio de Belém onde tiraram a tradicional fotografia oficial e Draupadi Murmu assinou o livro de honra da Presidência da República.

Antes de terem falado perante a imprensa dos dois países, Draupadi Murmu e Marcelo Rebelo de Sousa estiveram reunidos e participaram na cerimónia e emissão conjunta do selo evocativo dos 50 anos do restabelecimento de relações diplomáticas entre Portugal e a Índia.

Leia Também: Marcelo associa-se a alerta da OMS para mortes maternas e neonatais

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