IL elogia veto à desagregação de freguesias mas lamenta oportunidade à AR

A Iniciativa Liberal (IL) congratulou-se hoje com o veto do Presidente da República à desagregação de 135 uniões de freguesias e instou os partidos a favor a pararem com a reposição, após a devolução do decreto ao Parlamento.

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© Leonardo Negrão/Global Imagens

Lusa
13/02/2025 00:02 ‧ há 8 horas por Lusa

Política

Iniciativa Liberal

"Desde o início que a Iniciativa Liberal não só se manifestou contra, como votou contra aquilo que consideramos ser uma contrarreforma, e que é, no fundo, esta reposição das freguesias, que na prática significam apenas a criação de mais estruturas, mais cargos políticos, mais cargos de nomeação, com custos avultados para os contribuintes", frisou a líder parlamentar da IL, Mariana Leitão, numa reação enviada à agência Lusa.

 

Para a também candidata do partido à Presidência da República, a reposição de 302 destas autarquias locais não terão "uma contrapartida efetiva, quer na melhoria da prestação dos serviços às populações, quer na melhoria da qualidade de vida das populações".

Mariana Leitão lamentou, por outro lado, a devolução do decreto à Assembleia da República por parte de Marcelo Rebelo de Sousa.

"Mesmo que seja preciso uma maioria de dois terços, uma vez que temos PS, PSD e Chega unidos para criar mais Estado e mais custos para os contribuintes, parece-nos que não vai sortir o efeito desejado, que era de não avançarmos com esta contrarreforma", vincou.

"Aquilo que o Sr. Presidente da República está a dar à Assembleia da República é mais uma oportunidade para os partidos refletirem se efetivamente é este o caminho que querem tomar", acrescentou.

A líder parlamentar da IL instou ainda os partidos políticos a "fazerem essa reflexão" e decidirem "se de facto é este o caminho que querem tomar ou se não querem aproveitar esta oportunidade para efetivamente parar com esta reposição das freguesias".

O Presidente da República vetou hoje o decreto do parlamento que desagrega 135 uniões de freguesias, repondo 302 destas autarquias locais, colocando dúvidas sobre a transparência do processo e a capacidade de aplicação do novo mapa.

Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa questiona "a capacidade para aplicar as consequências do novo mapa já às eleições autárquicas de setembro ou outubro deste ano, daqui a pouco mais de seis meses" e afirma que esta foi a questão "decisiva" para o seu veto.

O chefe de Estado aponta "a falta de compreensão ou transparência pública do processo legislativo" e considera que a desagregação de freguesias determinada por este decreto -- subscrito por PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN, que teve votos contra da IL e a abstenção do Chega -- é "contraditória com a linha dominante, inspirada pelas instituições europeias".

Na sua opinião, o processo legislativo provoca "falta de compreensão" e de "transparência pública" pelos "seus avanços e recuos, as suas contradições, as hesitações e sucessivas posições partidárias, a inclusão e a exclusão de freguesias, e, sobretudo, o respeito rigoroso dos requisitos técnico-legais a preencher".

"Assim, o Presidente da República solicita à Assembleia da República que pondere, uma vez mais, a praticabilidade da aplicação do mencionado diploma no horizonte deste ano eleitoral de 2025", lê-se na nota.

Na mensagem dirigida à Assembleia da República sobre este veto, também publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa realça que o parlamento pode confirmar o decreto aprovado em 17 de janeiro.

"Compete à Assembleia da República se tal o entender, reafirmar a sua vontade. Assim confirmando aos portugueses que se não tratou de solução ditada por razões ou conveniências conjunturais, antes exprime o resultado de uma longa e serena ponderação, que ditou a inclusão de umas e a exclusão de outras freguesias, numa linha de não só reverter uma política de fundo de 2013, como substituí-la por outra melhor para Portugal", afirma.

Leia Também: Marcelo devolve diploma de reposição de freguesias ao Parlamento

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