"Já ficou provado que qualquer governo que seja liderado pelo doutor Albuquerque vai ser um governo instável. E, portanto, a mensagem que nós vamos transmitir e [em] que vamos insistir ao longo da campanha é que, para garantir a estabilidade da Madeira, é necessário também garantir um governo sem o dr. Miguel Albuquerque", realçou o candidato.
Gonçalo Maia Camelo, que falava à agência Lusa numa ação de contacto com a população junto ao Mercado dos Lavradores, no Funchal, disse que os eleitores "estão fartos de eleições" e querem ter uma solução que garanta estabilidade, defendendo que o seu partido pode assegurá-la.
O também coordenador da IL/Madeira, partido representado atualmente por um deputado no parlamento insular, manifestou-se confiante na eleição de um grupo parlamentar.
"Nós partimos com um deputado, queremos sempre crescer, é sempre esse o nosso objetivo. Temos uma equipa jovem, uma equipa renovada, uma equipa que traz coisas novas para a política, ideias novas, valores novos e queremos muito eleger um grupo parlamentar", afirmou.
O candidato reconheceu que "a última palavra pertence sempre aos eleitores", considerando, no entanto, que a Iniciativa Liberal está "a fazer um bom trabalho" e é, "hoje em dia, o quarto maior partido político do país, portanto já é um partido que fala por si".
Estas legislativas, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.
Leia Também: IL considera novo subsídio de mobilidade uma "grande desilusão"