Questionado pelos jornalistas, em Bruxelas (Bélgica), sobre a crise política que desencadeou a queda do Governo do social-democrata Luís Montenegro e eleições legislativas antecipadas, Jorge Moreira da Silva respondeu que não iria fazer comentários, apesar de o semanário Expresso ter tornado pública uma posição alegadamente sua, partilhada num grupo na rede social WhatsApp, na qual considerou "penoso" o que estava a acontecer ao país por causa de uma empresa com ligações ao primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O candidato derrotado nas eleições internas de 2022 terá alegadamente lamentado que o PSD "não tenha percebido bem o impacto desta crise", que culminou no chumbo de uma moção de confiança, levando à queda do Governo e à convocação de eleições legislativas antecipadas para 18 de maio.
Jorge Moreira da Silva justificou a sua recusa com o dever de não se imiscuir em questões de política nacional desempenhando as funções de subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas e de diretor executivo do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS).
No alegado grupo de WhatsApp da sua antiga candidatura à liderança dos sociais-democratas, Jorge Moreira da Silva terá garantido que não iria ser oposição interna a Luís Montenegro, de acordo com a notícia divulgada pelo Expresso.
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