Coligação Força Madeira defende isenção de propinas na universidade

A candidatura da coligação Força Madeira (PTP/MPT/RIR) às eleições antecipadas de domingo na Madeira defendeu hoje a isenção de propinas na Universidade da Madeira, mas com a contrapartida de os novos licenciados trabalharem na região durante alguns anos.

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© Facebook/ Universidade da Madeira

Lusa
17/03/2025 19:33 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Eleições/Madeira

"A Força Madeira quer pagar as propinas, dar um curso grátis a todos os jovens, só que temos de criar fidelização dos jovens à região, alguns anos de trabalho na região, conforme o curso, para compensar a isenção de propinas", explicou o candidato Valter Rodrigues, líder regional do MPT e número dois na lista da coligação.

 

Os elementos da Força Madeira, cuja candidatura é encabeçada pela líder do PTP, Raquel Coelho, estiveram hoje em campanha junto à Universidade da Madeira, no Funchal, onde contactaram com alunos e distribuíram panfletos, lápis e pulseiras com os símbolos dos três partidos.

"Sabemos que em Portugal a remuneração dos jovens quando saem das universidades é muito baixa, por isso muitos vão para fora trabalhar. Temos de alterar isto", alertou Valter Rodrigues, para logo realçar: "Temos de ter noção de uma coisa: se nós queremos jovens [a trabalhar] em Portugal, temos de dar melhores condições, melhores ordenados, e temos de alterar isto urgentemente".

Uma das medidas que a Força Madeira propõe é o Governo Regional assumir o valor das propinas, desde que o aluno esteja interessado, mas em contrapartida este teria de trabalhar durante alguns anos na região para compensar o investimento.

O número dois da lista afirmou, por outro lado, que a expectativa da coligação Força Madeira é eleger pelo menos um deputado à Assembleia Legislativa, vincando que o seu propósito é, acima de tudo, fiscalizar a atividade governativa.

"O que importa na Assembleia regional, quando um deputado está lá, é fiscalizar, que é a única maneira que temos de saber para onde vão os nossos impostos, se são bem aplicados ou não", argumentou.

"Nós queremos fiscalizar, não governar", reforçou.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega -- que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário do PSD, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Leia Também: BE alerta para degradação da qualidade ambiental na Madeira

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