O porta-voz do Livre, Rui Tavares, lamentou esta quinta-feira a morte do socialista João Cravinho, descrevendo-o como alguém que "nunca se resignou ao fatalismo da política" com uma "vida marcada por uma defesa incansável da ética".
"Deixou-nos ontem João Cravinho, e como ele perde-se uma pessoa inquieta que permanentemente se interrogou sobre o sentido da ação política. Alguém que, fazendo parte de vários governos e que assumiu muitos outros cargos relevantes, nunca se resignou ao fatalismo da política", escreveu Rui Tavares na rede social X.
O deputado destacou que o antigo ministro teve uma vida "marcada por uma defesa incansável da ética, não como bandeira abstrata, mas como prática quotidiana e, por vezes, solitária".
"Soube sempre que a política é, antes de mais, um espaço de serviço público e de conceção cívica do país e do mundo, por isso a sua teimosia em lutar contra a corrupção e a opacidade. João Cravinho deixa um vazio mas, principalmente, um exemplo: o de que a democracia se faz de coragem, de ideias concretas e de esperança. E de dignidade", acrescentou, deixando as "mais sentidas condolências" à família e amigos do socialista.
Deixou-nos ontem João Cravinho, e com ele perde-se uma pessoa inquieta que permanentemente se interrogou sobre o sentido da ação política. Alguém que,fazendo parte de vários governos e que assumiu muitos outros cargos relevantes, nunca se resignou ao fatalismo da política. 🧵1/4 pic.twitter.com/Sb6uGvWu1M
— rui tavares (@ruitavares) April 17, 2025
O antigo ministro socialista João Cravinho morreu na quarta-feira aos 88 anos. Foi ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território no XIII Governo Constitucional, chefiado por António Guterres, e ministro da Indústria e Tecnologia no IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves.
O seu filho, João Gomes Cravinho, foi ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros em executivos liderados por António Costa.
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