"Digo expressamente que, se houver conversações, não serei eu o líder das negociações", afirmou o chanceler cessante, referindo-se às negociações sobre a formação de um governo, as quais o líder da CDU tenciona iniciar o mais rapidamente possível com os outros partidos.
"Candidatei-me a chanceler, mas não participarei como representante do SPD num governo liderado pela CDU, nem negociarei", frisou Scholz à televisão pública ZDF.
O político social-democrata garantiu que o seu partido continuará a adotar uma "atitude construtiva".
De acordo com as projeções baseadas nas sondagens à boca das urnas, os sociais-democratas obtiveram entre 16 e 16,5% nas eleições legislativas alemãs de hoje.
Estes resultados, uma redução de quase dez pontos face às eleições de 2021, é o pior resultado do SPD nos seus 161 anos da sua história.
De acordo com as projeções, o bloco conservador, formado pela CDU e pela congénere bávara União Social-Cristã (CSU), venceu as eleições com cerca de 29% dos votos, seguido pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que quase duplicou a sua votação de 2021, para 20,4%.
Os Verdes tiveram cerca de 12,4% dos votos e A Esquerda (Die Linke) terá alcançado cerca de 8,5%, acima dos 4,9% de 2012.
As eleições legislativas alemãs de hoje ocorreram sete meses antes do previsto, depois de o antigo chanceler Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), se ter submetido em 16 de dezembro a uma moção de confiança no parlamento alemão (Bundestag), na sequência da demissão do ministro das Finanças, o liberal Christian Lindner (do FDP), que culminou no fim da coligação governamental.
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