De Ventura a Le Pen, líderes da extrema-direita aplaudem 2.º lugar da AfD

Líderes da extrema-direita europeia, incluindo o presidente do Chega, André Ventura, felicitaram hoje a Alternativa para a Alemanha (AfD), que alcançou o segundo lugar nas eleições federais alemãs, quase duplicando os votos para 20%.

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Lusa
23/02/2025 22:30 ‧ há 2 horas por Lusa

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Alemanha/Eleições

Numa publicação na rede social X, acompanhada por uma fotografia de André Ventura com a candidata e co-líder da AfD, o presidente do Chega sublinhou que Alice Weidel "acabou hoje com o sistema bipartidário de interesses na Alemanha, ao alcançar um resultado histórico, exatamente como o Chega fez em Portugal em 2024".

 

"O destino é que, em breve, estaremos no governo dos nossos países", referiu.

De Itália, o vice-primeiro-ministro e líder da Liga, Matteo Salvini, felicitou a candidata da extrema-direita alemã.

"Muito bem, Alice Weidel, continua assim", disse.

"A AfD duplica os seus votos apesar dos ataques e das mentiras da esquerda. Acabem com a imigração ilegal e o fanatismo islâmico, ponham fim à loucura ecológica e deem prioridade à paz e ao emprego. A Europa precisa de uma mudança radical", defendeu Salvini.

Em França, Marine Le Pen, líder da União Nacional, não reagiu, mas o seu rival pela hegemonia da extrema-direita, Eric Zemmour, publicou um vídeo nas redes sociais com Alice Weidel.

"Estou em Berlim esta noite com Alice Weidel - que grande avanço eleitoral! A AfD é agora a segunda maior força política na Alemanha. A onda de liberdade e identidade continua a crescer em todo o Ocidente e a França será a próxima", afirmou.

O eurodeputado Jorge Buxadé, do partido espanhol Vox, sublinhou a quebra do "cordão antidemocrático" depois de a AfD se ter tornado a segunda força política, numa mensagem publicada em Berlim.

"Na sede do AfD em Berlim, confiante de que isto é apenas o começo", afirmou.

"Agora a 'falsa direita' terá de escolher: pegar na mão de Alice Weidel ou continuar a afundar a Alemanha com esta coligação, com socialistas, ecologistas e verdes", defendeu.

"Só a AfD pode salvar a Alemanha. Só o Vox pode salvar Espanha. Só os patriotas, os soberanistas e os reformistas juntos podem tornar a Europa grande de novo", acrescentou.

Também o líder da extrema-direita austríaca, Herbert Kickl, saudou a AfD.

O Partido da Liberdade, anti-imigração, venceu as eleições parlamentares na Áustria em setembro, mas os seus esforços para formar um governo de coligação com um partido conservador fracassaram no início deste mês.

Kickl afirmou em comunicado que a ascensão da extrema-direita na Europa e nos EUA mostra "que as forças políticas que trabalham contra os interesses e o bem-estar do seu próprio povo estão a ser afastadas do poder".

O líder austríaco acrescentou que "a viragem patriótica está em pleno andamento e não pode ser travada, mas apenas adiada, porque se baseia no amor honesto pela pátria, pelo seu próprio povo, pela liberdade e pela verdade".

De acordo com as projeções, o bloco conservador, formado pela União Democrata-Cristã (CDU) e pela congénere bávara União Social-Cristã (CSU), venceu as eleições com cerca de 29% dos votos, seguido pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que quase duplicou a sua votação de 2021, para 19,5%.

O Partido Social-Democrata (SPD), do chanceler cessante Olaf Scholz, terá obtido cerca de 16%, enquanto os Verdes, parceiro de coligação, tiveram entre 12,4 e 13% dos votos. A Esquerda (Die Linke) terá alcançado cerca de 8,5%, acima dos 4,9% de 2012.

O líder conservador, Friedrich Merz, precisará de parceiros para formar governo. Alice Weidel já insistiu esta noite que está disponível para negociações, mas o candidato da CDU reiterou que rejeita coligações com a extrema-direita, mantendo o 'cordão sanitário' contra a extrema-direita.

Leia Também: AO MINUTO: Merz festeja "noite histórica"; Scholz reconhece "derrota"

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