A equipa ucraniana tem como objetivo fazer avançar as negociações sobre o documento considerado estratégico pelo Governo de Kiev, que anunciou hoje a deslocação
A vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, disse hoje através das redes sociais que a equipa negocial inclui representantes dos Ministérios da Economia, dos Negócios Estrangeiros, da Justiça e das Finanças.
Yulia Sviridenko disse ainda que o diálogo entre Washington e Kiev sobre o texto do eventual acordo deve refletir um compromisso comum no sentido de uma parceria sólida e transparente.
As declarações da vice-primeira-ministra ocorrem numa altura em que a nova versão do documento que está a ser negociado foi descrito como "muito desvantajoso" para Kiev por vários meios de comunicação social e deputados ucranianos.
A Ucrânia recebeu uma nova versão do texto no final de março, depois de a assinatura de um primeiro acordo ter falhado em fevereiro, na sequência do encontro entre o Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, em Washington.
No dia 30 de março, Trump avisou Zelensky de que estaria perante grandes problemas se o acordo fosse rejeitado.
O Presidente dos Estados Unidos exige este acordo como compensação pela ajuda militar e económica concedida à Ucrânia pelo antecessor, Joe Biden, desde o início da invasão da Ucrânia, há três anos.
Kiev insiste na necessidade de incluir no documento garantias de segurança norte-americanas para a Ucrânia, a fim de evitar novos ataques russos.
Segundo a imprensa ucraniana, citada pela agência FrancePresse, a nova versão do documento não faz qualquer referência a essas garantias.
Para preservar a ajuda militar de Washington, apesar das relações de Donald Trump com a Rússia, os membros do Governo ucraniano têm evitado criticar publicamente o novo texto.
O chefe da diplomacia ucraniana, Andrei Sibiga, limitou-se a declarar, a 01 de abril, que a Ucrânia queria chegar a um acordo mutuamente aceitável com os Estados Unidos.
Por outro lado, o ministro ucraniano sublinhou que o eventual tratado não pode contrariar os compromissos de Kiev para com a União Europeia.
A Ucrânia prevê integrar o bloco europeu no futuro.
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