Kyiv anuncia envio de equipa negocial a Washington nos próximos dias

A Ucrânia vai enviar esta semana uma delegação aos Estados Unidos para discutir o acordo sobre minerais que prevê ajuda a Kyiv em troca de acesso preferencial às matérias-primas. 

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© Getty Images/Piero Cruciatti/Anadolu

Lusa
07/04/2025 12:30 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

A equipa ucraniana tem como objetivo fazer avançar as negociações sobre o documento considerado estratégico pelo Governo de Kiev, que anunciou hoje a deslocação

 

A vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, disse hoje através das redes sociais que a equipa negocial inclui representantes dos Ministérios da Economia, dos Negócios Estrangeiros, da Justiça e das Finanças.

Yulia Sviridenko disse ainda que o diálogo entre Washington e Kiev sobre o texto do eventual acordo deve refletir um compromisso comum no sentido de uma parceria sólida e transparente. 

As declarações da vice-primeira-ministra ocorrem numa altura em que a nova versão do documento que está a ser negociado foi descrito como "muito desvantajoso" para Kiev por vários meios de comunicação social e deputados ucranianos.

A Ucrânia recebeu uma nova versão do texto no final de março, depois de a assinatura de um primeiro acordo ter falhado em fevereiro, na sequência do encontro entre o Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, em Washington.

No dia 30 de março, Trump avisou Zelensky de que estaria perante grandes problemas se o acordo fosse rejeitado.

O Presidente dos Estados Unidos exige este acordo como compensação pela ajuda militar e económica concedida à Ucrânia pelo antecessor, Joe Biden, desde o início da invasão da Ucrânia, há três anos.

Kiev insiste na necessidade de incluir no documento garantias de segurança norte-americanas para a Ucrânia, a fim de evitar novos ataques russos.

Segundo a imprensa ucraniana, citada pela agência FrancePresse, a nova versão do documento não faz qualquer referência a essas garantias.

Para preservar a ajuda militar de Washington, apesar das relações de Donald Trump com a Rússia, os membros do Governo ucraniano têm evitado criticar publicamente o novo texto.

O chefe da diplomacia ucraniana, Andrei Sibiga, limitou-se a declarar, a 01 de abril, que a Ucrânia queria chegar a um acordo mutuamente aceitável com os Estados Unidos.

Por outro lado, o ministro ucraniano sublinhou que o eventual tratado não pode contrariar os compromissos de Kiev para com a União Europeia.

A Ucrânia prevê integrar o bloco europeu no futuro. 

 

Leia Também: Rússia nega ataques a alvos civis depois de acusações de Kyiv

 

 

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