Trump descontente com bombardeamentos "loucos" da Rússia

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou hoje descontentamento com os bombardeamentos contínuos "loucos" da Rússia contra a Ucrânia.

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© Shawn Thew/EPA/Bloomberg via Getty Images

Lusa
08/04/2025 00:02 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Não estou satisfeito com o que está a acontecer com os bombardeamentos [russos na Ucrânia], porque estão a bombardear como loucos neste momento", afirmou Trump na Casa Branca, em resposta a uma pergunta sobre o porquê de não ter aplicado tarifas alfandegárias a Moscovo.

 

"A razão pela qual não falamos de tarifas com a Rússia é porque não fazemos negócios com eles, porque estão em guerra", adiantou Trump, em declarações à imprensa ao lado do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, com que se reuniu na Casa Branca.

Numa altura em que os Estados Unidos tentam promover um cessar-fogo no conflito na Ucrânia, a Rússia atacou no final da semana passada com um míssil balístico uma zona residencial em Kryvyi Rih, no centro do país e cidade natal do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que tem sido particularmente fustigada recentemente.

O chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sybiga, afirmou hoje que entre os 20 mortos no bombardeamento contra Kryvyi Rih estavam nove menores, o que representa "o maior número de crianças mortas num único ataque desde 2022".

Na sequência desse ataque russo, a Ucrânia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucranian.

"A Rússia atacou parques infantis numa área residencial. Com uma ogiva 'cluster' para maximizar as baixas", descreveu.

O chefe da diplomacia ucraniana pediu mais uma vez "uma forte condenação e uma ação decisiva" para parar os ataques de Moscovo.

Por sua vez, a Rússia negou que esteja a dirigir operações contra alvos civis.

Também hoje, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou estar "profundamente alarmado" com o contínuo bombardeamento russo a cidades ucranianas e salientou que atacar civis é proibido pelo direito internacional humanitário. 

No encontro diário com a imprensa, em Nova Iorque, o porta-voz de Guterres referiu diretamente os recentes ataques russos em Kharkiv, Kherson, Dnipro, assim como o ataque mortal da semana passada em Kryvyi Rih, sublinhando que qualquer ataque contra civis ou objetos civis deve terminar imediatamente, independentemente de onde ocorra. 

"Reiteramos o apelo do secretário-geral para um cessar-fogo duradouro e o nosso apoio a esforços significativos no sentido de uma paz justa, duradoura e abrangente que defenda plenamente a soberania, a independência e a integridade territorial da Ucrânia, em conformidade com a Carta da ONU, o direito internacional e as resoluções relevantes das Nações Unidas", afirmou Stéphane Dujarric. 

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Rússia acusa Trump de tornar economia global "extremamente instável"

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