Enviado especial da ONU para o Iémen reúne-se com líderes Huti em Omã

O enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, Hans Grundberg, encontrou-se hoje com os líderes rebeldes Huti em Omã para discutir "a necessidade de estabilizar a situação" no país da Península Arábica, em guerra desde 2014.

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Lusa
25/04/2025 00:01 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Iémen

O gabinete de Grundberg reuniu-se em Mascate, capital de Omã, com altos funcionários omanenses, membros da direção do Ansar Allah (nome oficial dos Hutis) e representantes da comunidade diplomática.

 

As discussões centraram-se "na necessidade de estabilizar a situação no Iémen para permitir que todos os iemenitas vivam com dignidade e prosperidade, e para responder às preocupações legítimas de todas as partes, incluindo a região e a comunidade internacional", refere o comunicado.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, os Hutis - que fazem parte do "eixo de resistência" liderado por Teerão contra Israel - intensificaram os seus ataques com mísseis contra Israel, alegando estar a agir em solidariedade com os palestinianos.

Além disso, estão a realizar ataques contra navios acusados de ligações com Israel no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, perturbando o tráfego internacional no mar.

Desde 15 de março, os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, lançaram uma campanha de bombardeamento contra os Hutis, com ataques quase diários que, segundo os Hutis, têm custado muitas vidas humanas.

As conversações do enviado especial em Mascate ocorrem dois dias antes de uma terceira ronda de conversações indiretas entre os Estados Unidos e o Irão sobre a questão nuclear iraniana.

Grundberg reiterou também o pedido da Nações Unidas para "a libertação imediata e incondicional do pessoal diplomático, da ONU, das ONG e da sociedade civil detido no Iémen".

Pelo menos até junho de 2024, os Hutis detinham 13 funcionários da ONU, incluindo seis do gabinete dos direitos humanos, mais de 50 membros de ONG e um funcionário da embaixada.

Os rebeldes acusaram-nos de fazerem parte de "uma rede de espiões americano-israelitas" que operam sob o pretexto de ações humanitárias, alegações que foram desmentidas pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

O grupo xiita do Iémen e pró-iraniano iniciou ataques contra a navegação comercial na região do Mar Vermelho em novembro de 2023, para prejudicar economicamente Israel, em alegada solidariedade com o Hamas na guerra na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que lançou dezenas de ataques diretos contra território israelita.

Na segunda-feira, os rebeldes afirmaram que aviões de combate norte-americanos lançaram pelo menos 25 bombardeamentos contra as suas posições na linha da frente com as forças governamentais internacionalmente reconhecidas do Iémen.

Segundo a estação de televisão iemenita Al Masirah, um porta-voz do movimento rebelde apoiado pelo Irão afirmou num breve alerta que esta vaga de bombardeamentos visava desde o início da manhã o distrito de Tuhayta, a sul da cidade estratégica de Al-Hudeidah, no Mar Vermelho.

Os Hutis integram o chamado "eixo de resistência" liderado pelo Irão contra Israel, de que fazem parte outros grupos radicais da região, como o Hezbollah libanês e os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica.  

Leia Também: Israel anuncia que míssil foi disparado do Iémen na sua direção

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