O Governo partilhou, ao início da tarde desta quinta-feira, no Instagram, uma publicação intitulada: "Moção de confiança: O que está em causa?"
A partilha começou, desde logo, a gerar polémica, com muitos internautas a acusarem o Executivo de Luís Montenegro de "propaganda" numa página institucional, que devia ser isenta.
Na publicação lê-se, inclusive, que "o Governo aprovou uma moção de confiança no Conselho de Ministros para garantir a estabilidade política e prosseguir a execução do seu programa. Portugal não pode ficar refém de bloqueios e instabilidade".
Mais. Na terceira página do post, o Executivo faz mesmo uma espécie de balanço do (quase) um ano de mandato. "Mais crescimento, mais emprego, mais segurança [...] O país está a avançar. A prioridade é consolidar esse progresso", lê-se.
E assim continua nas páginas seguintes, sempre com promessas de um "compromisso com as pessoas" e pedidos de "estabilidade para concretizar projetos".
Por fim, o Executivo salienta que não podem ficar "reféns de jogos políticos que travam o desenvolvimento" e que "é tempo de cada um assumir as suas responsabilidades".
Em apenas uma hora, a publicação já tem centenas de comentários, a maior parte negativos. Além de acusarem o Governo de "campanha", os internautas descrevem a publicação como "triste" e "péssima" e questionam mesmo se é legal.
Entretanto, a controvérsia já chegou também à rede social X com vários utilizadores a reagirem contra a mesma.
Tiago Barbosa Ribeiro é um deles. O deputado socialista não só criticou o post do Governo como anunciou que serão tomadas "medidas" contra a mesma.
Eles acham que vale tudo na peça de teatro que criaram, mas as páginas institucionais do Governo ainda não são o aparelho do PSD.
— Tiago Barbosa Ribeiro (@tbribeiro) March 6, 2025
Tomaremos medidas. pic.twitter.com/Xsd55m0I8X
Recorde-se que foi o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que na quarta-feira anunciou que o Governo ia avançar com uma moção de confiança, depois de o Expresso ter avançado com o facto do Grupo Solverde pagar uma avença mensal de 4.500 euros à empresa mulher e filhos, Spinumviva.
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