"Os dados incluem aqueles que foram presos e mantidos detidos pela ocupação (israelita) e aqueles que já foram libertados", disse a organização que defende os direitos dos prisioneiros, especificando que muitos eram homens jovens.
O Exército confirmou em comunicado este número, explicando que se tratava de "terroristas procurados".
"Durante este mês, as forças (israelitas) eliminaram cerca de 55 terroristas", refere o comunicado militar.
No total, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, 70 pessoas foram mortas em ataques israelitas, incluindo 10 menores, dois idosos e uma mulher.
Desde o início da trégua em Gaza, Israel libertou 583 prisioneiros palestinianos em quatro trocas de reféns: 90 na primeira, 200 na segunda, 110 na terceira e 183 na quarta.
No entanto, as organizações de defesa dos direitos dos reclusos dizem que a libertação foi acompanhada por um aumento das detenções e pelo número crescente de abusos e espancamentos "de forma sistemática" contra os reclusos.
O Clube dos Prisioneiros Palestinianos diz que só em Jenin - onde Israel realiza uma grande operação desde 21 de janeiro - as tropas detiveram pelo menos 110 pessoas.
Na província de Tubas, também com presença militar e ataques de 'drones' contra a cidade de Tamún, o número de detidos subiu para 28, sendo que 11 deles já foram libertados.
"Aqueles que foram libertados no posto de controlo militar em Tamun, chamado Al Hamra, não puderam regressar a Tamun por causa do cerco que a cidade está a sofrer", disse a organização.
"O número de detenções em Tulkarem, que tem vindo a assistir a uma escalada notável nos últimos dias, chegou às 20, incluindo uma pessoa ferida (que foi) detida numa ambulância", acrescentou a organização.
Após a entrada em vigor do cessar-fogo na Faixa de Gaza, Israel desencadeou uma ofensiva militar contra a Cisjordânia ocupada, a norte, que começou em Jenin e se alastrou às vizinhas Tamun e Tulkarem.
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