Guterres confirma presença no funeral do Papa Francisco

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, confirmou hoje que irá participar no funeral do Papa Francisco, marcado para sábado no Vaticano.

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© Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images

Lusa
22/04/2025 20:02 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Papa Francisco

Segundo o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, a deslocação de Guterres pretende ser uma "demonstração de respeito" para com a memória do Papa Francisco, que morreu na segunda-feira aos 88 anos devido a um AVC.

 

O antigo primeiro-ministro português não deverá pronunciar nenhum discurso, sendo que o porta-voz também rejeitou que o momento sirva para um encontro entre Guterres e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ainda não falaram desde a eleição do líder republicano nas presidenciais norte-americanas, em novembro passado.

Após o anúncio, pelo Vaticano, de que as cerimónias fúnebres do Papa Francisco vão realizar-se no sábado a partir das 10:00 locais (09:00 em Lisboa) na Praça de São Pedro, dezenas de dirigentes mundiais confirmaram a sua presença, ao longo do dia.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também viajará para o Vaticano.

Do Reino Unido, depois de ter sido anunciada a presença do primeiro-ministro, Keir Starmer, o Palácio de Kensington informou que o príncipe William vai assistir ao funeral do Papa Francisco, em nome da família real britânica e do seu pai, o Rei Carlos III.

Espanha será representada pelo Rei Felipe VI e pela Rainha Letizia, enquanto o chefe do Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, não irá -- a justificação apresentada foi a de que se trata de um funeral de Estado, pelo que será o monarca a estar presente.

A comitiva espanhola será integrada pelas primeira e segunda vice-presidentes do executivo, María Jesús Montero e Yolanda Díaz, o ministro da Presidência, Félix Bolaños, e o presidente do Partido Popular (PP, direita), Alberto Núñez Feijóo.

Outros líderes europeus confirmaram entretanto que marcarão presença: o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, junta-se ao chanceler cessante, Olaf Scholz -- o futuro chanceler, Friedrich Merz, que deverá ser eleito pelo parlamento no dia 06 de maio, anunciou que não irá.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, adiou a sua deslocação prevista ao Cazaquistão e Uzbequistão entre sexta-feira e domingo, para participar no funeral, onde deverá sentar-se na primeira fila, reservada às autoridades de Itália.

O Governo italiano decretou hoje um minuto "de recolhimento" em todas as escolas do país, em sinal de luto pela morte do Papa Francisco, que será marcado no primeiro dia em que abram após o funeral, no próximo sábado.

Da Irlanda, anunciaram a presença o Presidente, Micheal D. Higgins; o primeiro-ministro, Micheál Martin, e o vice-primeiro-ministro, Simon Harris.

A Bélgica será representada pelo Rei Filipe e a Rainha Mathilde, bem como pelo primeiro-ministro, Bart De Wever. O chanceler austríaco, Christian Stocker, estará igualmente presente.

A República Checa enviará o primeiro-ministro, Petr Fiala, e a Eslováquia o Presidente, Peter Pellegrini.

Da Roménia, seguirá o Presidente interino, Ilie Bolojan, e da Eslovénia, a Presidente, Natasa Pirc, e o primeiro-ministro, Robert Golob.

A Presidente moldova, Maia Sandu; o Presidente da Estónia, Alar Karis, e, do Mónaco, o príncipe Albert II e a sua mulher, Charlene, também anunciaram que estarão presentes.

Até ao momento, apenas a Rússia adiantou que o Presidente russo não tem previsto assistir às cerimónias fúnebres. Vladimir Putin é alvo de um mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra na Ucrânia.

Estes líderes somam-se a outros já anunciados antes, incluindo, por Portugal, que estará representado pelas três mais altas figuras do Estado: o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa; o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

A União Europeia também estará representada ao mais alto nível, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, estarão igualmente presentes.

O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

No sábado, após o funeral, o caixão vai ser imediatamente transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, tal como Francisco deixou escrito.

"Peço que o meu túmulo seja preparado no nicho do corredor lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza da referida Basílica Papal", indica o testamento.

O túmulo, escreveu o Papa argentino, deve ser na terra; simples, sem decoração particular e com a única inscrição: "Franciscus".

Leia Também: AO MINUTO: Papa não sofreu; Treze lusófonos ajudam a escolher sucessor

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