PSD ataca PS e Chega: "Incoerência, desfaçatez e irresponsabilidade"

Para o PSD, a votação da moção de confiança "será a oportunidade derradeira e definitiva para cada partido assumir a sua vontade sobre a continuidade, a estabilidade e a indesejável precipitação de eleições".

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Notícias ao Minuto com Lusa
06/03/2025 21:21 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

PSD

O Partido Social Democrata (PSD) acusou esta quinta-feira o Partido Socialista (PS) e o Chega de "incoerência, desfaçatez e irresponsabilidade" e sublinhou que "o país precisa de clarificação política".

 

"No dia em que o Governo da Aliança Democrata apresenta uma moção de confiança à sua ação governativa e em nome da estabilidade e do desenvolvimento do país, o Partido Social Democrata não pode deixar de assinalar a incoerência e desfaçatez gritantes dos maiores partidos da oposição, Partido Socialista e Chega", acusou o partido num comunicado enviado às redações. 

O PSD recordou que, antes do anúncio da moção de censura, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, alegava que o Governo "quebrou uma relação de confiança com o povo português", enquanto a líder parlamentar, Alexandra Leitão, afirmava que "ou bem que o Governo entende que precisa de uma renovação da sua legitimidade no Parlamento e apresenta uma moção de confiança, ou bem que não entende isso e não apresenta uma moção de confiança", e o eurodeputado, Francisco Assis, que "não resta outra saída séria ao Governo a não ser apresentar uma moção de confiança".

Para o PSD, estas declarações quando comparadas com as feitas por Pedro Nuno Santos e Alexandra Leitão após a apresentação da moção de confiança "são exemplos de incoerência e desfaçatez gritantes por parte dos principais responsáveis políticos do PS, revelando falta de clareza, falta de sentido de responsabilidade e incoerência".

No debate, o líder socialista, Pedro Nuno Santos, confirmou que o PS votará contra a moção de confiança que o primeiro-ministro anunciou e acusou Luís Montenegro de preferir eleições a enfrentar uma comissão de inquérito.

Após o debate, Alexandra Leitão acusou igualmente o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de não ter querido "prestar mais esclarecimentos" e ter preferido "fugir ao escrutínio" com a apresentação de uma moção de confiança.

Na mesma linha, os sociais-democratas criticaram o presidente do Chega pelo "seu habitual estilo errático, contraditório e irresponsável de fazer política", dizendo que antes André Ventura tinha desafiado o Governo a apresentar uma moção de confiança e, já depois do anúncio, ter afirmado que o executivo recorreu a este instrumento "porque teve medo e fugiu".

"Está à vista de todos as mudanças de posição de PS e Chega quando falamos da estabilidade e do desenvolvimento do nosso país. Para o PSD, é hora de cada um assumir as suas responsabilidades. O país precisa de clarificação política, não de incoerência, desfaçatez e irresponsabilidade", defendem.

Para o PSD, a votação da moção de confiança hoje apresentada "será a oportunidade derradeira e definitiva para cada partido assumir a sua vontade sobre a continuidade, a estabilidade e a indesejável precipitação de eleições".

"O voto de cada partido será consequente e responsável pelo futuro político do país", defende o partido.

A moção de confiança que o Governo entregou ao parlamento vai ser discutida e votada na terça-feira a partir das 15h00.

O Conselho de Ministros reuniu-se por via eletrónica hoje de manhã e aprovou o texto da moção de confiança que será entregue no parlamento e que, em caso de rejeição, implica a demissão do Governo.

A moção de confiança, intitulada "Estabilidade efetiva, com sentido de responsabilidade", defende que "o país precisa de clarificação política" perante dúvidas levantadas quanto à vida patrimonial e profissional do primeiro-ministro, sendo "hora de cada um assumir as suas responsabilidades".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou na quarta-feira, na abertura da moção de censura apresentada pelo PCP, que o Governo avançará com a proposta de uma moção de confiança ao executivo pelo parlamento, "não tendo ficado claro" que os partidos dão ao executivo condições para continuar.

Montenegro admitiu que "a antecipação de eleições não é desejável", mas será "um mal necessário para evitar a degradação das instituições e a perda da estabilidade política".

Hoje, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou fundamental que a incerteza política seja "reduzida ao mínimo" e que as eleições autárquicas e presidenciais decorram "em normalidade".

Leia Também: Bolieiro lamenta crise política que atrasa compromissos com os Açores

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