Israel pede investigação mais aprofundada à morte de socorristas em Gaza

O chefe do Estado-Maior israelita ordenou hoje uma "investigação mais aprofundada" sobre o tiroteio cometido por soldados israelitas em 23 de março contra ambulâncias no sul da Faixa de Gaza, que matou 15 socorristas e trabalhadores humanitários.

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© Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

Lusa
07/04/2025 18:59 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O tenente-general Eyal Zamir "deu instruções para uma investigação mais minuciosa e completa nos próximos dias", afirmou, em comunicado, o exército israelita.

 

"A investigação preliminar revelou que as tropas abriram fogo devido à perceção de uma ameaça", indicou o comunicado, garantindo que "todas as alegações relativas a este incidente serão examinadas durante a investigação e apresentadas de forma detalhada e completa para decidir como lidar com este evento".

Segundo o Crescente Vermelho Palestiniano, os socorristas e trabalhadores humanitários foram atingidos por fogo israelita, "com a intenção de matar".

A ONU e o Crescente Vermelho indicaram que foram mortos oito membros do Crescente Vermelho Palestiniano, seis da organização de ajuda humanitária da Defesa Civil de Gaza e um funcionário da agência da ONU para refugiados palestinianos (UNRWA).

O exército israelita justificou que "entre os mortos no incidente, foram identificados seis terroristas do Hamas".

O caso gerou protestos internacionais.

O presidente do Crescente Vermelho Palestiniano, Younis al-Khatib, apelou à comunidade internacional para formar uma "comissão internacional independente e imparcial de inquérito sobre as circunstâncias do assassinato deliberado de tripulações de ambulâncias na Faixa de Gaza".

O Governo alemão também pediu hoje uma investigação "urgente" sobre a morte dos socorristas e trabalhadores humanitários.

"Se olharmos para o vídeo do fim de semana (...), é realmente terrível e as acusações chocantes devem ser esclarecidas com urgência", afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, numa conferência de imprensa em Berlim.

"Há questões muito importantes sobre a ação do exército israelita", afirmou o porta-voz, Christian Wagner, quando questionado sobre o vídeo divulgado no sábado pelo Crescente Vermelho Palestiniano.

"É por isso que é urgente investigar e responsabilizar os autores", acrescentou.

Israel tem acusado o grupo islamita palestiniano Hamas de esconder combatentes em ambulâncias e veículos de emergência, para justificar os ataques contra essas viaturas, mas o pessoal médico rejeita essa acusação.

Os ataques israelitas na Faixa de Gaza já causaram a morte a mais de 150 socorristas do Crescente Vermelho e da Proteção Civil e a um milhar de profissionais de saúde, a maioria dos quais quando estavam em serviço.

Leia Também: Estados Unidos notificam ONU de cancelamento de programas de ajuda alimentar

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