"O ataque levado a cabo por um drone inimigo israelita na aldeia de Taybeh", perto da fronteira com Israel, "resultou na morte de um cidadão", indicou o Ministério da Saúde libanês.
O Exército israelita, por sua vez, anunciou que o ataque teve como alvo Mohammed Adnan Mansour, apresentado como o "comandante da artilharia do Hezbollah na região de Taybeh" e que foi eliminado.
As forças israelitas alegaram que o suposto comandante do grupo armado libanês "dirigiu e executou vários ataques com mísseis contra a Alta Galileia", no norte de Israel.
Esta noite (hora local), o Ministério da Saúde libanês adiantou que dois sírios foram mortos noutro ataque israelita, também no sul do Líbano.
Israel continua a realizar ataques regularmente no sul do país e bombardeou recentemente os subúrbios no sul de Beirute, um bastião do Hezbollah, apesar do cessar-fogo que entrou em vigor a 27 de novembro.
No domingo, duas pessoas foram mortas noutro ataque das forças israelitas, que argumentaram ter sido dirigido contra membros do Hezbollah que estavam "a tentar reconstruir a infraestrutura terrorista", mas o Exército libanês assinalou que não havia "qualquer equipamento militar" na área bombardeada.
De acordo com a agência de notícias oficial libanesa ANN, os edifícios pré-fabricados utilizados pelos residentes cujas casas foram destruídas durante a guerra entre Israel e o Hezbollah também foram alvos de ataques na noite de domingo na aldeia fronteiriça de Naqoura.
O acordo de cessar-fogo previa que apenas as forças de manutenção da paz da ONU e o Exército libanês seriam destacados para o sul do Líbano, onde Israel mantém as tropas, em zonas que considera estratégicas para a defesa do território israelita.
O Hezbollah é o único grupo libanês que se manteve armado depois do fim da guerra civil em 1990, em nome da resistência contra Israel.
No início da guerra de Gaza, em outubro de 2023, desencadeada por um ataque do Hamas, o Hezbollah abriu uma frente contra Israel, disparando foguetes a partir do sul do Líbano em apoio do aliado palestiniano.
Estas hostilidades transformaram-se em guerra aberta em setembro de 2024, com intensos bombardeamentos israelitas no Líbano, principalmente contra bastiões do Hezbollah, cuja liderança foi praticamente dizimada. A guerra fez mais de 4.000 mortos.
Leia Também: Israel ataca Hezbollah durante visita de enviada dos EUA ao Líbano