O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, assinalou, esta segunda-feira, o terceiro aniversário da invasão da Ucrânia, reafirmando a solidariedade do partido para com o povo ucraniano e defendendo uma solução de paz "que envolva os ucranianos" e que seja "duradoura".
"Sinalizam-se três anos da invasão russa da Ucrânia. Três anos de guerra, três anos de sofrimento, três anos também de resistência", começou por dizer o líder socialista, numa publicação divulgada na rede social X (antigo Twitter).
"Nós continuamos solidários com o povo ucraniano e defensores de uma solução de paz, que envolva os ucranianos, que seja aceite pelos ucranianos, que não seja negociada nas costas dos ucranianos", apontou.
Para o PS, a paz duradoura só existirá se os ucranianos "forem parte da solução" e os europeus têm "responsabilidades" e "obrigações" de solidariedade para com Kyiv.
"Só teremos paz duradora na Ucrânia se os ucranianos forem parte da solução, se aceitarem essa solução. Se não tivermos uma paz podre que daqui a alguns anos nos leva novamente à guerra", frisou.
"É fundamental continuarmos a apoiar o povo ucraniano na defesa do seu território. todos nós, portugueses, mas europeus, temos responsabilidades, obrigações de solidariedade para com o povo ucraniano", completou.
Desde a primeira hora, o Partido Socialista esteve ao lado da Ucrânia e do povo ucraniano. Hoje, passados três anos de um marco devastador, reafirmamos o nosso compromisso intransigente com a sua luta pela liberdade, soberania e paz.#PartidoSocialista#AForçaDoProgresso… pic.twitter.com/k8plqEUg4W
— Pedro Nuno Santos (@PNSpedronuno) February 24, 2025
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Entre os aliados ocidentais, a posição dos Estados Unidos começou a mudar com a eleição de Donald Trump, que tem criticado Volodymyr Zelensky e promovido uma aproximação diplomática a Moscovo.
Na semana passada, a Rússia e os Estados Unidos acordaram, em Riade, iniciar um processo de normalização diplomática, respeitar os interesses geopolíticos e criar grupos de trabalho para negociar um acordo pacífico para a guerra na Ucrânia.
Depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurar que não reconhecerá os resultados das conversações sem a participação de Kyiv, Putin garantiu que ninguém excluiu os ucranianos da mesa de negociações.
Tanto russos como norte-americanos coincidiram em opor-se à presença dos europeus, que reagiram aprovando um novo pacote de sanções a Moscovo, que entrará em vigor hoje, por ocasião do terceiro aniversário da guerra.
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