Mariana Mortágua acusa Montenegro de "brincar com o país"

A bloquista considerou que "Luís Montenegro quis muito e procurou muito uma oportunidade de eleições e escolheu o pior motivo".

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Notícias ao Minuto
08/03/2025 16:12 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Política

Mariana Mortágua

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, reiterou este sábado que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "escolheu o pior motivo" para ir a eleições e acusou-o de "brincar com o país".

 

"Luís Montenegro quis muito e procurou muito uma oportunidade de eleições e escolheu o pior motivo, porque é um motivo que põe em causa a sua própria legitimidade enquanto primeiro-ministro", disse a deputada em declarações aos jornalistas, à margem de uma manifestação para assinalar o Dia Internacional da Mulher, em Lisboa.

Mariana Mortágua lamentou que haja "jogos políticos" numa altura em que "há muitas mulheres em Portugal que querem respostas" a "como pagam a renda da casa ao final do mês", "como cuidam dos seus familiares quando não há um Serviço Nacional de Saúde (SNS)", "como aumentam os seus salários face a uma desigualdade que continua a castigar tantas mulheres" ou "como conseguem aceder à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) em condições de segurança".

"Parece-me que Luís Montenegro está a brincar com o país. Vai para a frente, vai para trás. Fala em moções de confiança e depois não sabemos se apresenta", disse, considerando tratar-se de uma "brincadeira lamentável".

Para Mariana Mortágua, é necessário haver um "primeiro-ministro que tenha legitimidade para o ser", uma vez que "não se pode admitir que haja um primeiro-ministro que confunda os seus interesses privados com o seu interesse público".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recorde-se, avançou com a apresentação de uma moção de confiança no arranque do debate da moção de censura do PCP - esta última que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República.

Se a moção de confiança for também rejeitada, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

Leia Também: Montenegro sem "legitimidade". "Felicidade mostra que quer ir a eleições"

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